quarta-feira, 10 de agosto de 2011

SEXTA HORA



SEXTA HORA

A febre da tarde
aquece a alma dos homens,
acalenta o coração lapidado
tornando-o frágil
diante da aquarela que se descortina
em chagas cálidas,
derramando-se na letargia da terra.
O silêncio
mesclado de tédio
faz ponte ensanguentada na Memória Divina
e num compromisso de luxúria,
embriaga o perfil da noite enclausurada.
Em desatino minha alma alucinada
sorve a claridade
das bençãos de Deus.

*

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