sábado, 27 de dezembro de 2008

NÓS DOIS



Anjo,
Não faça isso.
Não adormeça ainda,
Pelo menos até que as flores
Desabrochem.
Espera mais um pouco
Ainda tem uma réstia de luz no horizonte...
Espera,
Parece que ainda temos tempo
Antes que as estrelas cheguem...
Vem anjo, vem. Vamos colorir os muros,
As paredes caiadas, as pontes, as velhas catedrais.
Vamos correr contra o vento
Ou a favor dele, o que importa?!
A engrenagem está perfeita
Não somos fúteis e nem vazios
Não pioramos enquanto cantamos
Velhas canções.
Não somos limitados, baby.
Te quero! Te quero "mucho!"
Assí, assí... Mesmo entediado .
Ou assobiando The Kohl Concert
No jogo de pôquer
Ou dominó
Porque a vida é sublime
E eu aqui com as flores e os pincéis na mão...
Vem, anjo
Vamos grafitar as ruas,
Vislumbrar o amanhã
Porque o teu sorriso me pertence
E a minha "sorritude" é só tua.
Temos o arco íris e as águas Cachoeirais Matagais
Entre tais e ais Muito mais que sentimentos
Nós existimos um no outro,
Somos só nós dois, baby E nada mais.
*

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

AMOR







A lua vermelha que eu desenhei
na tua pele
me fala de coisas
e me acende uma vontade imensa de você...
Te preciso comigo
pois a tua dor também me dói!...










domingo, 14 de setembro de 2008

TARDE


TARDE




Onde se esconde a alegria da tarde
agora que meus olhos
sedentos da sua imagem
despertam
neste retângulo de silêncio
chamado vida?







quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Fugaz















FUGAZ

... os teus olhos são assim, efêmeros.
Neste vai e vem
do fim da tarde, quase boca da noite
o teu olhar fugaz
me passeia sorrateiramente
despindo cálidos pensamentos
soprando beijos nos meus ouvidos.
O teus olhos, são assim...















terça-feira, 12 de agosto de 2008

domingo, 6 de abril de 2008

DOMINGO




DOMINGO

Interminável tarde de domingo... 
Arrastando meus chinelos sobre o tapete da sala
[bocejo] e decididamente adormeço
mesmo antes do meu corpo tocar
nas almofadas macias do sofá...





sábado, 5 de abril de 2008

LINHAS EXATAS



LINHAS EXATAS

E vieram como um sopro! 
Juntando-se sobre os muros
Empilhando-se pelas calçadas
Cobrindo as cruzes e as praças.
E tanto mais se juntavam
Mais a sede castigava
E o esforço que garimpavam
Já não tinha uma linha exata.
Perpendiculares ficavam
Ou de quatro pernas para o ar.
E sonhavam a esperança da paulicéia
Nas cargas e nos reflexos,
Complexos amplexos de quem vive
Na contramão e no revés de cada sonho.

TEMPO DE VIDRO



TEMPO DE VIDRO 


Há olhos d'água
na concha das tuas mãos
onde não se bebe do brilho dos cristais,e, sim,
da luz que transcende da tua alma.

Há risos d'água
nos retângulos a tua carne espraiada em seda

nos reflexos de quem inventa a própria vida.

Há beijos d'água
nos lábios da tua boca e nas sementes da lua,
asas coloridas dos teus sonhos...

Há palavras d'água
na calma dos teus carinhos
enxerto vivo de tempo/vidro
que acende nas horas da tua saudade.

UM AGRADÁVEL DIA DE TRABALHO !!!




UM AGRADÁVEL DIA DE TRABALHO !!!


Como é difícil conviver no meio de seres de cabelos desgrenhados, roupas puídas e total ausência de H2O... Anônimos da vida. Harmonia de contrastes.

E nesta incoerência surgem bordados de lantejoulas e brincos de strassssssssssssssssssssssssssssss... Relíquias!! São os bibelôs do século passado, conquistando seu espaço diante do riso e do choro. No fundo, uma perfeita sincronia e assim se aprende como nascem os bebes!

E entre olheiras, bocejos, “taedium vitae” e toda essa verborréia teórica pós-moderna, consigo visualizar poesias sem inflexões, escorrendo por entre caixas de Valium, Lexotan, tremeliques e dores.

Inesperadamente consigo sorrir olhando meu irrepreensível computaDOR!

A DESCOBERTA DA VERDADE



A DESCOBERTA DA VERDADE

Eu sempre observei que existem anseios onde o “difícil” tanto excita e um espaço entre fastio e êxtase que atua como inibidor, não tão contundente, mas, que nos obriga a uma arena de realidade...

Existem dias, que tudo me parece confuso e enfadonho. Não há coerência de fatos e a verdade não se mantém. Então não saber a verdade não impede que ela seja verdadeira. Negá-la, não significa que ela seja diferente ou que sejamos indiferentes a ela.

A verdade se fará sempre presente e local... A minha verdade seria voar, voar acima das nuvens, mas, voar sozinha é uma dimensão de liberdade que não se constrói através da fabulação ou de uma espontaneidade semelhante a irresponsabilidade. Essa verdade livre não é geométrica ou espacial, porque, assim como o amor, ela não tem limites.