sábado, 22 de outubro de 2011

SEM ALMA



Na solidão do deserto
Clamei!
Revela-me tua alma!
Dá a essência do teu amor, teus óleos,
Ungüentos, embriaga-me na tua linguagem.
Queima-me no fogo da tua existência,
Despe-me dos véus.

Mas para mim, tua porta é fechada.
Sou ser abstrato, apagado na origem
Envolto em neblina, desenhada nas sombras
Dá-me puro desprezo, degredo, desdenha-me,
Oferece-me as paredes ásperas do silêncio
____________Eterno erro de quem ama.

Meu riso apagou-se, céu sem astros
Referver de dor e um recordar
Do que não posso ter.
Arde-me a pele, pois a minh'alma,
Deixo-a aos teus pés...
Sou vaso quebrado, templo fechado.

Um comentário: