segunda-feira, 31 de outubro de 2011

MARFIM



MARFIM

O branco sal da tua pele
tanto demora nos meus lábios,
neste cálice transparente
rente ao marfim das tuas palavras.

Pão de muitos dias
coberto de veludo e espinhos
sangra sobre a mesa
na umidade dos arcos,
na sombra aberta das minhas mãos
espalmadas em solidão.

Segue ao longe
este rio de negro vinho,
tortuoso chumbo / sangue sob meus pés
espalhando pedaços de sonhos
sobre os escombros do caminho e a colisão da noite...
...enquanto eu te espero!



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