domingo, 4 de dezembro de 2011

FEBRE




FEBRE

Onde a dor se achega tudo é silêncio
e prostração.
O amor se cala, se deita
nas cinzas do borralho
e adormece os olhos no correr das lágrimas.
Tudo em volta é só saudade. Uma ausência nas mãos,
um inquietante tremor a percorrer o corpo e alma.
Tua presença ainda é forte
e mesmo na distância entre norte e sul
tudo ainda é real. Tudo ainda faz sentido
mesmo quando a razão já diz que não.
Quisera fosse o ontem o momento mais presente,
a certeza que edifica e abranda todos os medos,
que fosse a mão ante a procura que se estende,
e o acalento na madrugada de cada olhar embebido em febre

pois a tua dor, também é minha.


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