
EQUUS
A argola do mundo
Aperta o nó da “guela”.
Enfadonha masmorra
Onde escavam a brancura dos ossos
Negligenciando a postura heróica
De cada um.
Entre os dentes
Fiapos de nervos,
Avesso e reverso de um tempo
Que se mantém nas borbulhas do esgoto
Onde secretas moscas azuis
Carregam o vento e seus destroços.
E alimentam a égua
Que emerge desta nojeira e sacode
As primeiras estrelas
Noite e na solidão dos homens.
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