Pressentimentos
Tristezas de tantas almas
viajam nestas areias seculares
nos ventos, nas tempestades
nas dunas silenciosas...
Sufocam de saudade
os grãos de vidro coloridos
nos oásis, à sombras das palmeiras...
Nestas areias de sangue
enterrei meus pés em tenra infância
ouvi da concha quebrada
que o deserto foi mar um dia...
Nas brasas e na fumaça dos narguilés
djins beijam o vento da noite
e com os olhos rasos d água
dizem-me que tudo é musica
e tudo será poesia
enquanto meu coração pulsar
nas areias do deserto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário