segunda-feira, 4 de junho de 2012

MEL



MEL

A lascívia
em minhas mãos
despem o teu medo
na simetria de um pensamento concêntrico.
E a tua pele
rubra
aos meus pés
esparramada,
quando a noite se liquefaz

((mel entre os meus lábios))

E os teus dedos
nos meus gritos roucos
enquanto
o mundo gira neste caleidoscópio
esfacelando as cores
deste olhar vermelho
que devora a tua boca,
minha boca...

Não sei mais...

Só este tempo
e esta constante vibração,
na agressividade
de um desejo,
meu puro amor.

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