terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

PERJÚRIO



é meu corpo que flutua
são minhas asas insanas 
é minha boca morrendo na sua
é eterno perjúrio
é dor que não arrefece
não viaja no escaler da saudade
não se cala, não adormece.

é o inverno tardio
na minha pele de primavera
são as horas suicidas 
as mãos vazias
é a noite tecendo filigranas
enfeitando a orla dos meus olhos
consentindo o amor

no meu peito de ternura
e embriaguez.



Um comentário:

  1. Que doce embriaguez nos teus belos versos! Bjs. no teu coração pleno de poesia!

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