domingo, 23 de outubro de 2011

PRESSENTIMENTOS



PRESSENTIMENTOS

Tristezas de tantas almas
Viajam nestas areias seculares
Nos ventos, nas tempestades.
Nas dunas silenciosas...

Sufocam de saudade
Os grãos de vidro coloridos
Nos oásis, nas sombras das palmeiras...

Nestas areias de sangue
Enterrei meus pés em tenra infância
Ouvi da concha quebrada
Que o deserto foi mar um dia...

Nas brasas e na fumaça dos narguilés
Djins beijam o vento da noite
E com os olhos rasos d água
Dizem-me que tudo é música
E tudo será poesia
Enquanto meu coração pulsar
Enterrado nas areias do deserto.

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