sábado, 12 de novembro de 2011

TANTA SOLIDÃO


Tanta solidão


O meu perfume derramado
escorre pelo chão
misturando-se aos rastros úmidos [dos
meus pés, ainda molhados]...

Marcam o chão as gotas d'água
que escorrem pelo meu corpo envolto
em vapor quente.
Meus cabelos molhados
em desalinho, caem cobrindo meu rosto,
ocultando os meus olhos
disfarçando uma lágrima furtiva
que insiste em cair...
Olho-me no espelho embaçado
e deixo a toalha cair
aos meus pés,
talvez nua em frente ao espelho
consiga me olhar. Consiga me ver
e entender o porquê desta solidão...
Olho meu corpo. 
Meu rosto, meus seios, meu sexo, minhas pernas
e enquanto leio meus traços,
desenho no espelho
um coração e seu nome dentro dele...



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