segunda-feira, 20 de outubro de 2014

SUPLÍCIO


Suplício

quão longe dos teus braços estou...
suplico reprise do tempo
abro as janelas da minha mente
tenho fome de tempo,
tenho fome de ti...

quero-te agora,
antes que um vazio me invada
aconchega-me ao teu peito,
dá-me de beber do teu prazer
aqui e após,
pois minha dor
é parte dessa verdade.

e na pureza dos teus carinhos
vem, possua-me!
já sou cativa,
escrava do teu olhar.

possua-me como os animais,
sem pudor , sem pressa.
possua-me, faça meu corpo
alimentar-se no teu prazer
sacie minha sede nas águas
das suas águas e com a intimidade 
de tuas mãos percorra-me,
reviva minha alma...

que na quietude da noite
beijo-te a boca
pois tu és meu amo
meu senhor, para sempre.




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