quarta-feira, 25 de abril de 2018

DIGITAIS


Deixa as tuas cascas
E segue voo das borboletas
Porque as nossas digitais são como os rios
Tatuados na pele da terra.

E na pronúncia balbuciada
De o vento a dizer teu nome
Chama-me: irmã!

Guarda no teu seio a poesia legítima, 
O verso e a rima, o ouro e o pó.
Assim como a flor lhe da o néctar
A abelha a morte lhe traz.

E com todo esmero
A minha letra corre o verso
Na palma da sua mão
E na minha alma adormecida de poesia.



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