quinta-feira, 5 de maio de 2016

anjos

 
anjos

... todo esse azul a escorrer
tão mansamente pela minha cabeça
feito água santa
em pia batismal____________talvez possa aliviar
a dor
que me machuca
feito arreio em lombo de fera indomada (amada).
Ainda que o silêncio das catedrais
e seus anjos ((suspensos)) pretensos
santos que nos libertam dos pensamentos ((im_puros))
possam ecoar nas minhas veias
e câmaras cardíacas
eu ouço a
vibração das suas cordas em dó, ré, mi, fá, sol, lá...
Lá fora onde tudo é mais azul
o sol te ofusca os olhos na mesma hora
que os meus olhos
buscam o grande disco solar...
Os anjos continuam suspensos... e nos vitrais
as cores se diluem e escorrem pelas paredes
em alusão à Kandisnki...
Uma melancolia se mostra feito bailarina... e alguém
ouve Dire Strait:

 "Now here I am again in this mean old town
And you're so far away from me
Now where are you when the Sun goes down?
You're so far away from me

You're so far away from me
So far I just can't see
You're so far away from me"

Me deito no chão - observando o céu levando
seu rebanho de nuvens ( tão brancas...)

Sinto a música ecoando dentro de mim
e eu não sei onde você esta.
As carruagens celestiais passam diante dos meus olhos
acho que vou entrar numa carruagem branca
e te procurar por ai
neste imenso planalto/planeta
que se desfaz assim... feito nuvem.




imagem: Catedral Metropolitana de Brasília
 

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