quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

VAPORES


VAPORES


Diante do espelho
Sacerdotisa, maga ou
Feiticeira?!
Não sei!..
Olhar duplo
Frio e impaciente - carente?!
Talvez...
Nos lábios
Um brilho
Estrelas no céu da sua boca
Entre dentes
Notas musicais dançam
No vapor d'água - água do seu banho
E eu lanho seu corpo
Enquanto espero
Te olhando por entre as linhas
Do meu tricô
Ou na espuma cheirosa
Do seu creme de barbear...
Sento-me no seu Mach 3 e deslizo
Suave pelo seu rosto
Até onde eu não sei.
Mas sinto seu olhar
Que me prende no vidro embaçado do box
Onde cabem nós dois...
Ah, meu amor
Envolvo seu corpo
Na minha enorme toalha macia e ainda branca...



TU HAVIAS DE VIR...


Tu havias de vir...

Tu havias de vir
Assim...
Feito um anjo
A meia luz
A luz de velas,
No meu leito
Em meu delírio.

Tu havias de vir
Assim...

A queimar tua marca
Em minha pele
A tocar meu corpo
Com este sal em tuas mãos.

Tu havias de vir
Assim...

A beijar meus lábios
Com este ardor
Que me faz amante
E minha alma foge, alada,
A procura da tua...

Tua havias de vir
Assim...

Neste meu abandono
Quando me faço mulher
A procura dos teus braços, dos teus abraços.
Do teu calor, do teu suor.
E para meu castigo
Estou aqui, acordada.
Porque não se morre num sonho assim?!


VITALY



Vitaly

O céu é o limite
na celebração
do meu destino.

O eclipse ocorreu
na minha vida
purificando minh´alma
valorizando instintos femininos.

Transformando sonhos
em banhos de vida
unindo surpresas 
do coração
com a essência do bem estar.

Numa terapia estampada
onde meu corpo suave
é preparado para tudo.

Porque ser mulher
não é somente um prazer
E sim
Uma arte.





BEIRA DO ABISMO


Beira do Abismo
Na beira do abismo
                            rola uma
                                   lágrima
                                       e borda
                                          filigranas
                                             de cristais
                                                  no silêncio absoluto
                                                                               do mais puro amor.




GLORIA VICTS !


Gloria Victs !

Meu sangue pulsando
Enquanto meus pés
Agonizam
No labirinto dos teus passos.

Celebrado a distancia
Meu sol se põe
Em teias de prata,
Inflorescências pendentes
Alegorias de cor.

Neste arrebol
De corpúsculos luminosos
Banho meu corpo
Em águas de tuas águas.





O NOVELO


O NOVELO


Há um enorme novelo sendo enrolado.

Fios de sisal, fios de cobre
Fios de seda, fios de aço
Fios da vida...


Nervos em linhas estreitas

Esticadas num varal
Secando e amarelando sob o sol.


Há inclemência nos dias...



Nas babas que escorrem de torneiras douradas

Onde se lavam as mãos e as roupas sujas
E o que atormenta a consciência de cada um...


... é este enrolar que cresce, e tece enquanto

A foice não desfere o golpe
Que deixa o fio suspenso,
E o novelo no chão...








GIRASSÓIS


Girassóis

Não sei onde estou...
Entorpeço-me neste firmamento
fragmentado
incorpóreo
longínquo,
neste decorrer de horas inúteis.

No meio deste desassossego,
girassóis estéreis
perguntam-me:
_ Onde mora a solidão humana?

E das cinzas dos mortos
desperto em morno tédio
febril,
incerta seiva
viajando entre céu e inferno,
onde felicidade
é o adormecer eterno.

LEONARDO E OS LOBOS






LEONARDO E OS LOBOS


Quando Monalisa sorri
Leonardo dança com lobos
Entrega seu coração aos tormentos,
Momentos de amor
Na lascívia dos lábios
Sábios pensamentos no véu das cachoeiras,
Noivas parideiras
Sempre caminhando por entre as ramagens...
Ares de serpente
Olhar de viés / "revesgueio"
No claro/escuro de cada folha
Um dia amanheceu onde nada floresce
E uma noite dormiu nos braços de
Fogo-fátuo/luz de pirilampos
Clareando
Até onde a imensidão se ajoelha
E beija o céu e a terra
E se cala, enrodilhada
Feito cobra que não pisca os olhos de semi-escuridão.


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

SUPLICIO



SUPLICIO



Quão longe dos teus braços.

Suplico reprise do tempo
Abro as janelas da mente
Tenho fome de tempo!
Tenho fome de ti...


Quero-te agora,

Antes que o vazio me invada
Aconchega-me ao teu peito,
Dá-me de beber do teu prazer
Aqui e após,
Pois minha dor
É parte dessa verdade.


E na pureza dos teus carinhos

Vem, possua-me!
Já sou cativa,
Escrava do teu olhar.


Possua-me como os animais,

Sem pudor , sem pressa.
Possua-me! Faça meu corpo
alimentar-se no teu prazer
sacie minha sede nas águas
das suas águas e com a intimidade 
de tuas mãos percorra-me,
Reviva minha alma!...


Que na quietude da noite

Beijo-te a boca
Pois tu és meu amor
Meu amor para sempre.


SEXTA HORA


SEXTA HORA

No olho do furacão
as tuas mãos, nuas, cansadas
ainda resenham a vida
em óleo santificado, em ocre e em sangue.
O tempo triunfante - ri das tuas inquietantes dores
mas não te absolve das intemperanças,
das inquietudes
dos soluços da tua alma - infinitamente bela!
E quão bela é a tua alma;
que nem mesmo a língua do sol lambendo o teu sal
esculpe no teu cerne qualquer mácula,
e branca e pura 
a tua essência te caminha os veios, as ranhuras
desta 'significancia' que te habita e 
que em silêncio se mantém resignada
esperando as revoadas nervosas
sobre a linha do horizonte
rasgando o céu - parindo a Hora Santa.


PASSAGEM



Passagem


Sinto-me só...
Perambulo por ruas desertas
porões e sótãos
cobertos de umidade e poeira.
Arrasto-me nesta miséria noturna
buscando por um tempo
que não existe mais.
Deixo em cada passo
nesta lama,
um sonho e
um pedaço de mim.
E neste silêncio feral
meu olhar de tristeza 
de tristeza olha uma estrela que explodiu.


TRISTEZA


Por que choras minha alma
se tens asas para ser feliz?!
Que liberdade queres
que em meus sonhos não podes ter?!


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O MEU POETA PARTIU



O MEU POETA PARTIU

... como dizer aos meus olhos que a tua poesia não
esta mais conosco?!
Que agora fazes parte do coral dos anjos poetas
e caminhas lá no céu? Como dizer isso aos meus olhos
que não se cansam de chorar a tua saudade
___________________dolorida e triste saudade?!
Ah, meu amor
a tua poesia vive em mim
o teus sonhos eram a continuidade dos meus sonhos
agora interrompidos com a tua partida.
Me deixaste sozinha (fisicamente sozinha)
minhas mãos buscam as tuas mãos a todo momento
e a tua ausência se faz __________numa dor que
lacera meu coração
que acostumado ao teu amor___________sorria!!
E agora, meu poeta, o que faço para amenizar a distância
que nos separa?!!
Escrevo outras poesias dizendo do meu amor?!
Ou somente me calo e espero resignada
até me encontrar com você novamente, ai na casa do Pai?!
A dor da sua perda
é uma bebida amarga...
Mas, sei que estas bem__________agora livre do peso
desse corpo físico e tão cheio de dores.
A minha alma sabe o quanto te amo
e chora um pranto contido na Fé e nos ensinamentos
de Jesus, onde se diz
que o amor não morre, apenas adormece
para acordar um dia
no esplendor da Luz Divina
onde sermos verdadeiramente um só.
Eu te amo , eu te amo.

  Ao Poeta

* 13/01/2013
(in memórian)



terça-feira, 8 de janeiro de 2013

POESIA


POESIA

Me envolva poesia
me tome por completa
embriague os meus sentidos
me faça___________vibrar 
em dó, ré, mi, fá, sol____________lá
onde tudo acontece
onde não há poentes ou ocasos
só a vida pulsante
e
s
c
o
r
r
e
n
d
o
nua de medos e inverdades.

Seja eu, poesia a lhe falar em versos o que minh'alma

ora presa ora livre
descobre ao tocar seu coração!
Antecipe a primavera nas cores do meu olhar
vasto olhar que desvenda a imensidão
e o silêncio entre cada amanhecer e anoitecer
que compõe a sua existência...




segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Neruda e o Poeta


NERUDA E O POETA

Até onde vai a poesia
que o poeta recita com embargada voz?!

Ao céu?! Este mesmo céu que um dia Neruda olhou
tão demoradamente em seu silêncio
antes de deixar a mão cair sobre a folha alva
e desenhar  os versos a que alma entoa...

Ah, poeta... a sua voz invade o espaço
rompe as membranas das manhãs enevoadas
ganha amplidões até  fazer eco no meu coração!

Fecho os olhos____________ ouço a sua poesia
 e as palavras de Neruda  pareando em dueto
alcançam as estrelas que brilham no céu de Istambul
e acende o meu olhar
meu perdido olhar a procura do seu
_________eternamente a procura do seu olhar!!



*para você







SE FOSSEMOS UM SÓ


_____________________ reinvente a vida
vem, adormeça em meus braços
antes que a noite acorde o dia
e o sol
brilhe a poesia presa nos meus olhos
(tão prestes a chorar mais uma vez.)

Onde estão as garças?! Voaram?

O céu é um silêncio pintado de azul
onde podemos desenhar todos os sonhos
até mesmo os mais secretos...

Tente mais uma vez, eu sei, você pode
e os meus braços
sentem a sua ausência e as minhas palavras
te buscam onde quer que você esteja
até o seu perfume ((ainda esta em mim))
e a musica que ouço agora
ainda diz versos que ouvi
da sua boca
antes de beijar a minha.

___________________reinvente a vida
só mais um pouco, por favor
eu não sei se vou aguentar muito tempo
antes de chorar essa solidão
que é tão sua e tão minha
como se fossemos um só e a
 sua dor, é minha também.

Estou aqui
bordando o tempo com poesias
enquanto espero que a vida
ressurja/fonte d'água viva em você
saciando a minha sede
de também existir______________por amor, existir!!



*ao poeta


quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

VISITA-ME SEMPRE






VISITA-ME SEMPRE 



Ontem a tarde // bem de tardezinha

uma passarinha anja visitou-me // com suas asas de seda
Sobrevoando todos os faróis // iluminada, riu
de minha solidão, beijou-me // aquecendo minh'alma.
Desde então meu coração // antiga e triste
gaiola da saudade // apenas palpita e
viaja em seus olhos de menina // olhos de anja.
E eu avesso ao tempo // me vejo embevecido e
sigo o lume desse olhar // farol de mar, lume de estrela
clareando meus passos // onde quer que eu vá, me
aponta o caminho, que // meu amor deve seguir,
nossos destinos irão se encontrar. // menina passarinha, anja minha!




Constan Baruc e Luciah Lopez






RAIO DE SOL




RAIO DE SOL


Como raio de sol, você 
Na minha vida apareceste qual anjo de luz
transmutando-me em cores e sabores.            
iniciando assim minha nova existência
meu sétimo ciclo, minha aura de luz. 
inspirando-me o sentimento mais nobre
para vôos mais altos, além da estrutura lunar
Mais profundos que os vales marinhos
e mais belos que as cores do ocaso.
como raio de sol surgiste em minha vida
lançando-me desafios, dando-me a tua coragem
abriste-me horizontes para meus olhos tristonhos.
insuflaste-me confiança dos seus passos seguros
coloriste um pouco mais esta aquarela boreal,
as minhas asas diáfanas...
intensificaste um pouco mais, me fizeste voar.
os meus sorrisos agora seus...
acrescentaste um pouco mais de fantasias e
de loucura à minha vida.Enquanto houver sol
enquanto houver lua, haverá você.
continuarás no meu coração me fazendo  feliz
mesmo que seja apenas por um instante
como raio de sol ou raio de luar...


 Policarpo Nóbrega e Luciah López