quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

EU ERA LIVRE


Eu era livre.
Livre como a luz do sol
Que reflete seu brilho nas gotas de orvalho
Ou no silencio das poças d’água.


Eu era livre.
Livre nesta minha liberdade de olhar o céu
De pintá-lo de azul, lilás ou verde,
De acender estrelas e riscar cometas com cauda de luz.


Eu era livre.
Mesmo quando fechava meus olhos
E o vento soprava em meus ouvidos os segredos de outras terras
E a chuva me trazia água doce para meus lábios.


Eu era livre.
Quando a noite chegava estrelada
Carregando um pedaço sorridente da lua
E prateava meu caminho.


Eu era livre.
Livre de todo amor
Livre da saudade
Livre da espera, que espera um beijo seu,
Eu era livre e não sabia
E tudo que eu mais queria, era a liberdade de amar você.

Um comentário:

  1. - Fiquei sem saber remover um verso para destaque como de praxe em meus comentários, a questão não é dúvida e sim o excesso de belos versos, me senti tão liberto ao ar livre, me levitando: "Eu era livre/e a chuva me trazia água doce para meus lábios" caramba, pra ser real me emocionei neste instante, pelo eriçando. Seu poemar só se compara a algo semelhante a ele, ele mesmo. Mário Bróis.

    ResponderExcluir